ASPEN – DOCUMENTO OFICIAL: PROTEÍNAS VISCERAIS COMO MARCADORES DA
DESNUTRIÇÃO
Autores:
David C. Evans, MD, FACS, PNS; Mark R. Corkins, MD, CNSC, FASPEN, AGAF, FAAP;
Ainsley Malone, MS, RD, LD, CNSC, FAND, FASPEN; Sarah Miller, PharmD, BCNSP;
Kris M. Mogensen, MS, RD-AP, LDN, CNSC; Peggi Guenter, PhD, RN, FAAN, FASPEN;
Gordon L. Jensen, MD, PhD; and the ASPEN Malnutrition Committee4
Nutrition
in Clinical Practice Volume 36 Number 1 February 2021 22–28
© 2020 American Society for Parenteral and Enteral Nutrition
RESUMO:
Considerando-se que:
▫ Tradicionalmente, a albumina (e também
a pré-albumina), proteína sérica de fácil dosagem, tem sido considerada um parâmetro
útil na avaliação nutricional do paciente.
▫ A literatura médica atual não apoia
esta afirmação
O presente
documento tem por finalidade esclarecer que estas proteínas indicam a presença
de um processo inflamatório subjacente e NÃO são capazes de caracterizar o
estado nutricional nem tem relação com a gravidade da desnutrição.
As principais
colocações do documento são:
1. A albumina sérica (e a pré-albumina)
NÃO fazem parte das definições atualmente aceitas de desnutrição.
2. As dosagens da albumina sérica (e a
pré-albumina) NÃO podem ser empregadas como substitutas paras medidas da
proteína corporal total ou da massa muscular total e portanto NÃO devem ser
usadas como marcadores do estado nutricional.
3. As concentrações séricas de albumina (e
pré-albumina) diminuem na presença de inflamação, independentemente do estado
nutricional do paciente.
4.
No
contexto da avaliação nutricional, os níveis baixos de albumina sérica (e da
pré-albumina) devem ser interpretados como indicadores de “risco nutricional”, e portanto não devem ser
associados ao estado nutricional atual. Visto que o risco nutricional é
amplamente definido como o risco de desenvolver desnutrição e / ou resultados
clínicos ruins se a terapia nutricional não for fornecida, podemos dizer que: níveis baixos de albumina ( que são
indicadores de risco nutricional) estão ligados ao risco de desenvolver
desnutrição e / ou resultados clínicos ruins se a terapia nutricional não for
fornecida.
5.
O
papel da albumina sérica (e da pré-albumina) no monitoramento da eficácia da terapia nutricional permanece indefinido. A normalização dos níveis de
albumina pode indicar uma das seguintes eventualidades:
a.
Resolução
da inflamação
b.
Redução
do risco nutricional
c.
Transição
para o anabolismo
d. Menores necessidades de calorias e proteínas durante a terapia nutricional.