COVID-19 nos pacientes de CTI em Seatle.
Este trabalho resume o quadro clínico, os achados
laboratoriais e a evolução de 24 pacientes portadores de COVOD-19 e internados no CTI em Seatle (estado
de Washington, EUA).
Foi publicado no New England Journal of Medicine em 30 de março
de 2020 e trazido para o Blog com a finalidade de divulgar os conhecimentos sobre a forma grave desta doença.
Autores: Pavan K. Bhatraju, Bijan J. Ghassemieh, Michelle Nichols, et al.
The New England Journal of
Medicine, march 30, 2020
RESUMO DO ARTIGO
MÉTODOS
Identificamos pacientes de nove hospitais da área de Seattle
que foram admitidos no unidade de terapia intensiva (UTI) com infecção
confirmada por coronavirus-2 (SARS-CoV-2) e apresentavam insuficiência
respiratória aguda grave.
Os dados clínicos foram obtidos através de revisão dos prontuários.
Cada paciente teve pelo menos 14 dias de acompanhamento.
O acompanhamento se encerrou em 23/0/2020
RESULTADOS
Identificamos 24 pacientes com Covid-19 confirmado e resultado
negativo para outros vírus respiratórios.
A idade média (± DP)
dos pacientes era de 64 ± 18 anos, 63% eram homens e os sintomas começaram 7 ±
4 dias antes da admissão.
Os sintomas mais comuns foram tosse e falta de ar; 50% dos
pacientes tinham febre na admissão e 58% eram diabéticos.
Todos pacientes foram admitidos por insuficiência
respiratória hipoxêmica; sendo que 75% (18 pacientes) necessitaram ventilação
mecânica.
Vasopressores foram usados em 17 pacientes (70%)
Ocorreram, durante o período de observação, 12 mortes (em 4
prontuários de óbitos estava anotada a ordem de não reanimação).
Dos 12 sobreviventes 5 pacientes receberam alta para casa, 4
receberam alta da UTI, mas permaneceram no hospital e 3 continuaram recebendo
ventilação mecânica na UTI.
CONCLUSÕES
Durante as primeiras 3 semanas do surto de Covid-19 na área
de Seattle, os motivos mais comuns de admissão na UTI foram insuficiência
respiratória hipoxêmica, levando a ventilação mecânica, hipotensão que requer
tratamento vasopressor ou ambos. Mais da metade dos pacientes (58%) era de diabéticos.
A mortalidade entre esses pacientes críticos foi alta.
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