Administração da NE


REVISÃO

Métodos de Administração da nutrição enteral nos pacientes críticos: Infusão contínua, intermitente, cíclica e em bolus.

Autor: Ichimaru S.
Nakatsu Hospital, Osaka, Japan.
Nutr Clin Pract. 2018 Jun 20 [Epub ahead of print]

INTRODUÇÃO:
A nutrição enteral por sonda (NE) é definida como a administração de nutrientes, no tubo digestivo, através de sonda, cateter, ou estoma, distalmente à cavidade oral.
Os modos de administração da NE incluem a infusão contínua, a cíclica, a administração intermitente e o bolus, que podem ser usadas separadamente ou em combinação.
Na escolha do método de administração mais adequado, vários fatores precisam ser considerados: idade do paciente, comorbidades, condição médica atual, estado nutricional, restrições para uso de NE (gástrica vs intestino delgado), tolerância gastrointestinal, tipo de fórmula utilizada, mobilidade do paciente, disponibilidade de bomba de infusão (BI)  e custos.

DESCRIÇÃO:
Esta revisão narrativa resume os métodos de administração NE, suas vantagens e desvantagens, e as indicações de alimentação intermitente e / ou bolus em pacientes gravemente enfermos.
Os 4  métodos de administração de NE são: (vide imagem)
  • Administração contínua: A NE é fornecida com BI durante 24h
  • Administração cíclica: A NE é fornecida com BI de forma contínua durante períodos menores que 24h
  • Administração intermitente: A NE é fornecida em etapas (a cada 4 a 6 horas), cada etapa durando 20 a 60 minutos, usando BI ou infusão gravitacional.
  • Administração em bolus: A NE é fornecida em bolus, com seringa, durante 5 a 10 min, a cada 4h.

 CONCLUSÕES:
Os principais pontos desta revisão podem ser resumidos da seguinte forma:
  • Em comparação com a infusão contínua, a NE em bolus, em animais, produz aumentos significativamente maiores na síntese proteica muscular.
  • A resposta neuro-hormonal que ocorre após uma refeição é capaz de regular e otimizar a motricidade gastrointestinal, a contração da vesícula biliar a função pancreática e a absorção de nutrientes. Esta resposta neuro-hormonal está completamente ausente durante a infusão contínua.
  • Atualmente, não há evidências clinicas que indiquem a superioridade um método particular de administração sobre os outros, nos pacientes da UTI.
  • Na UTI, a administração contínua com BI é geralmente o método usado.
  • Para otimizar a síntese proteica muscular e a produção de  hormônios do tubo digestivo, a administração intermitente ou em bolus talvez seja mais eficaz do que a NE contínua, mesmo nos pacientes graves.
  • Em uma unidade de terapia intensiva pequena, em que o controle visual da infusão é fácil, ou em um setor de pacientes crônicos ou nos casos de NE domiciliar, a administração em bolus é a preferida por ser barata, fácil de realizar, requer menor quantidade de tempo e imitar os padrões normais de alimentação.
  • São necessárias pesquisas adicionais para determinar qual a melhor forma de administrar a NE para os pacientes graves da terapia intensiva.











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