Tempos de sobrevida, com e sem alimentação por sonda, nos
pacientes portadores de demência ou doenças psiquiátricas no Japão.
Autores: Takayama K, Hirayama K, Hirao A, Kondo K, Hayashi H,
Kadota K, Asaba H, Ishizu H, Nakata K, Kurisu K, Oshima E, Yokota O, Yamada N,
Terada S
Okayama, Japan.
Psychogeriatrics. 2017
Nov;17(6):453-459
INTRODUÇÃO:
Há uma suposição geral que a nutrição
enteral por sonda não é capaz de aumentar a sobrevida em pacientes com demência
avançada. No entanto, apenas alguns trabalhos relatam que a nutrição enteral
não produz maiores danos aos pacientes com demência em comparação com os sem
demência.
MÉTODOS:
Estudo retrospectivo realizado em 9 hospitais psiquiátricos na província de Okayama,
no período de janeiro de 2012 até dezembro de 2014.
Foram avaliados todos os pacientes
internados que preencheram os critérios de inclusão. Todos apresentavam dificuldade
com a ingestão oral e os médicos assistentes avaliaram que estes pacientes não
poderiam viver sem nutrição artificial em longo prazo. Foram os próprios
médicos assistentes que decidiram iniciar ou não a nutrição artificial em longo
prazo.
RESULTADOS:
Avaliamos 185 pacientes. A média de
idade foi de 76,6 ± 11,4 anos.
As patologias eram:
- 78 pacientes portadores doença de Alzheimer
- 44 pacientes com esquizofrenia
- 30 pacientes com demência vascular
Os tempos médios de sobrevida foram
de:
- 711 dias para pacientes com alimentação por sonda
- 61 dias para pacientes sem alimentação por sonda.
Os tempos médios de sobrevida em relação aos diferentes tipos de
alimentação foi:
- 611 dias para pacientes com sonda nasogástrica
- Mais de 1000 dias para aqueles com sonda de gastrostomia endoscópica percutânea.
CONCLUSÃO:
Os pacientes com alimentação por sonda
sobreviveram mais tempo do que aqueles sem alimentação por sonda, mesmo entre
os portadores de demência.
Este estudo sugere que a nutrição
enteral prolonga a sobrevida em pacientes com demência.
A alimentação realizada por sonda de
gastrostomia endoscópica percutânea parece ser mais segura do que a alimentação
por sonda nasogástrica, nos pacientes de hospitais psiquiátricos.
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